sábado, 18 de agosto de 2012

O caminho continua

Terminou mais um dia de Missão por terras de Angola. Estamos a chegar aos últimos dias e começa a sentir-se o aproximar do dia de regresso… E agora?

Hoje, como nos últimos dias, levantamo-nos por volta das 7h15, para tomar o pequeno almoço que nos prepara para mais um dia de Missão. Sabe bem começar o dia juntos à volta da mesa!


Para não variar, a manhã foi passada no Centro Paroquial do Espírito Santo, desta vez com uma formação sobre “Cuidados ao bebé”, liderada pela Ana. Enquanto as meninas estavam na sala e iam colaborando na formação, o Ricardo continuou a arranjar tomadas, interruptores, quadros e eu estive a dar a última camada de verniz numa das mesas da secretaria.

A formação teve a participação de cerca de 20 pessoas, na grande maioria jovens que já tinham estado presentes nos outros dias. Falou-se dos cuidados a ter com o bebé, ao nível de higiene, da alimentação, etc. Houve bastante interesse da parte da plateia, com várias perguntas pertinentes e dúvidas concretas. No fim da formação, a Teresa Valente examinou 3 bebés que estavam presentes com os pais.

Depois de terminada a formação, a Ana, as Inêses, as Teresas e eu viemos para casa e o Ricardo ficou a acabar alguns trabalhos, regressando depois com a Ir. Judite.


Ao chegarmos a casa, o cansaço “atirou” alguns de nós para o sofá enquanto outros preparavam alguns materiais para outras formações. Depois de retemperadas as forças, tratamos de preparar a mesa para o almoço, preparado, mais uma vez, pela Ir. Alice. Como também vem sendo hábito, estava excelente e foi revigorante. Já com o estômago composto, tivemos tempo para descontrair, visto que não havia nenhuma formação programada para a tarde de hoje.

Antes do jantar, voltamos ao vício do Trivial Pursuit para manter a sabedoria exercitada.

O jantar não fugiu aos padrões habituais, embora suspeite que houvesse ali algum ingrediente especial. É que durante a digestão voltamos ao momento por mim intitulado (agora mesmo e à pressão): “Perguntas profundas, conversas agradáveis”, mais uma vez lançado pela Inês Pintas. Com alguma saudável estupidez pelo meio, tem sido óptimo fomentar assim a construção do tal puzzle de que a Pintas falava na 3ª feira.
Quando terminaram as perguntas, quando o sono venceu o discernimento e quando a estupidez ameaçava deixar de ser saudável, cada um recolheu à sua cama principescamente coberta pelos mosquiteiros.


Respondendo ao “E agora?” que escrevi no início e falando, quer dizer, escrevendo a nível pessoal, nem se põe a questão de ser fácil ou difícil regressar, de ter ou não saudades. Não é isso que importa. Começa a dança entre o que fica do que veio e o que vai do muito que por cá ganhei. É fantástico caminhar nas ruas de todos os dias e sentir que Luanda já me é familiar. Ontem ao ver na net notícias nos meios de comunicação portugueses com fotografias de cá, dei por mim a pensar que estou mesmo por dentro desta realidade. Não é um sítio onde vim, mas um local onde me inseri. Já brincaram comigo a dizer que já recebi o “batismo” de cá e agora também sou um pouco angolano. Registei e gostei de mais esse sinal de carinho.

Desculpem este parágrafo em tom mais pessoal, mas não queria deixar de o partilhar também com vocês.
Mas já agora, deixem-me despedir à moda de cá.
Estamos juntos.
Até breve, irmãos!

7 comentários:

  1. Que bom para nós, cá, começar a ler a palavra "regresso" nos vossos textos, palavra esta que já vai frequentando também aqui os nossos pensamentos, pois a vontade que ele aconteça começa a ser grande (nós = pais Ascensão = ???).
    Pois é, e o vosso puzzle também já deve estar quase a ser concluído, não é? Quão felizes sereis quando estiver finalizado e quão felizes devem ter ficado todos aqueles que usufruíram da (in)formação de cada peça.
    Tudo de bom para todos e os beijinhos habituais, cada vez com mais saudades.

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  2. É dificil ler este vosso cantinho sem ser tocado. Diariamente, como conseguem? e no quotidiano da vida, que incrivel é saber que por aí há os que se entregam mesmo a sério. que venham crescidos na fé, na humildade de dar, no amor. mas que venham sobretudo cada vez mais irmãos, que é o melhor tesouro que podem trazer para o resto dos vossos dias por cá. Aninha, que bom ver-te a sorrir. Que bom ver-vos a todos, aparentemente tão encaixados no lugar certo. Boa continuação, continuo por aqui a acompanhar-vos e a pedir por vocês.

    Minha Inês, cá te espero com a outra metade do abraço :)

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  3. Que bom ver a felicidade estampada no rosto e na pele de alguns..., sim, claro que nos fazemos entender à distância... batizados na realidade, certamente a volta está perto, mas o coração permanecerá para sempre diferente...
    Que bom que ao ler já possa ser de cada dia falar como aí...
    Estamos juntos!
    Até breve... afinal falta pouco...

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  4. Aquele ABRAÇO para TODOS Se possivel digam à irmã Alice que a admiro!Avalio quão dificil è a sua missão e mostra-se e é Feliz .Um abraço especial para ela.

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  5. Estmos juntos Até breve !(ainda vai a tempo?)

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  6. De férias na costa oeste não deixamos de vir aqui para saber de todos vós. Apesar da vossa importante tarefa estar a terminar, nós começamos a sentir o sabor do vosso regresso.
    Bjs e continuação de bom trabalho.

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  7. Depois de uns dias longe da net, soube bem ler de uma vez só as várias mensagens em atraso... João, não sabes como fico feliz pela tua partilha! Cá te (vos) espero! infelizmente na quarta não poderei recebermos à porta do avião... mas espero ver-vos pouco tempo depois!!! beijinhos para todos :)

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